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CAMINHO das PEDRAS ...

DA MINHA LÍNGUA VÊ-SE O MAR. DA MINHA LÍNGUA OUVE-SE O SEU RUMOR, COMO DA DE OUTROS SE OUVIRÁ A FLORESTA OU O SILÊNCIO DO DESERTO. POR ISSO A VOZ DO MAR FOI A NOSSA INQUIETAÇÃO. Vergílio Ferreira

CAMINHO das PEDRAS ...

DA MINHA LÍNGUA VÊ-SE O MAR. DA MINHA LÍNGUA OUVE-SE O SEU RUMOR, COMO DA DE OUTROS SE OUVIRÁ A FLORESTA OU O SILÊNCIO DO DESERTO. POR ISSO A VOZ DO MAR FOI A NOSSA INQUIETAÇÃO. Vergílio Ferreira

30
Mar07

Ainda mais difícil!...


CorteVale

Soberbo painel feito com vários tipos de pedra...

Não está muito longe de São Jorge...

Bom... é preciso andar uns bons quilómetros pela serra.

Encontra-se num sítio discreto e... desconsertante!... sim desconsertante.

Segundo a lenda não era comum tomarem-se decisões judiciais... de pés ao léu! 

Mas certamente que existiam razões mais que justificadas!....

 

 

 

Aprecie o painel e diga-nos onde o poderemos encontrar... não muito longe de São Jorge!

29
Mar07

Quem quer jogar às adivinhas?


CorteVale

Continuo nostálgico pela minha aldeia!

Quem consegue adivinhar? Que local é este?

Pois é, parece a cabeça de uma tartaruga gigante que se encantou por esta terra e... por cá ficou!

Também há quem veja a cabeça de uma anaconda  que se deixou aprisionar pelo encanto de um moinho de água que lhe fica à esquerda, mas hoje totalmente em ruínas... quem cuida dele?

 

25
Mar07

O que são Comunidades de Práticas - COPs


CorteVale

Não resisto a colocar várias definições muito interessantes de COPs.

Grande parte destas definições resultam de testemunhos e vivências expressos por participantes num encontro sobre formação a distância, onde as COPs foram um dos principais temas em discussão:

 

Comunidades de interesses não visíveis e que constituem a parte submersa das Práticas e das Soluções? (NAV)  

Lego dinâmico de geometria variável, temporal, onde os clãs (gamers, hackers, gráficos, designers…) aprendem e partilham as suaspráticas? (MCP)

“Cola” que permite fixar interesses, marco experiencial e distintivo? (MCP)

 

Espaços de desconstrução de mitos e de aprendizagem de novas configurações relacionais (NAV)

 

Estratégias de “combate” às sociedades de baixa confiança recíproca (RAS Famalicão)

 

Oportunidades para simplificar (e integrar) a “paisagem organizacional”de entidades que intervêm (de forma redundante) nos territórios

 

Será que os resultados de uma COP são  nivelados pelo "elo mais fraco" , isto é, pela qualidade dos contributos do Membro menos disponível ou com menor empenho?  Será que se ganha sempre que se participa numa COP? não será mais realista precisar o que se ganha, mas também o que se perde?

22
Mar07

Trabalhar em Equipa ou o Papel das Equipas nas Reformas


CorteVale

Trabalhar em Equipa! Será um tema banal?

Mas as Reformas, particularmente as realizadas numa lógica bottom up, só se consolidarão se derem protagonismo e empoderamento aos actores que dão vida e sentido quotidiano às missões das organizações.

É isso que está a acontecer nos CSP - Cuidados de Saúde Primários. A Reforma dos CSP, em curso, baseia-se, em larga medida, em equipas multiprofissioinais, constituídas de modo voluntário, segundo o princípio da livre associação e já materializada em mais de 50 USF - Unodades de Saúde Familiares que se comprometem a prestar um conjunto de cuidados e serviços de saúde, de acordo com princípios e parâmetros de qualidade bem definidos.

Para contribuir para a reflexão em curso, também dinamizada pelo jornal "Médico de Família", da APMCG, escrevi o pequeno texto, desenvolvido a seguir, e onde discuto oportunidades e desafios que se colocam às equipas comprometidas com a Reforma em curso.


"O que deve ser o Centro de Saúde do Futuro”.

Trabalho em equipa: um novo paradigma nos CSP


O Valor da Equipa Multiprofissional

Sentado na sala de espera dum CS da capital, meti conversa com um cidadão que esperava pacientemente ser chamado para a consulta com o seu médico de família; depois de listarmos as principais ameaças à nossa saúde e nos termos queixado da poluição e do pouco cuidado que temos com a alimentação, perguntei-lhe, quase de chofre, o que mais o surpreendeu ao longo dos últimos anos nas muitas deslocações que fez ao seu CS: “foi aqui há coisa de uns três meses… ali uma das senhoras do atendimento, ligou-me para casa para me lembrar da consulta que ia ter no dia seguinte e até me tratou pelo meu nome!...”. Voltei à carga e quis saber qual tinha sido a situação mais desconfortável por que tinha passado… quase não pestanejou e, num tom áspero, disparou: “não imagina o que é estar aflito, com uma dor no peito, sem saber se é um ataque ou não, chegar aqui e ser tratado com tanta indiferença!... Ali no balcão nem levantaram os olhos dos papéis quando me queixei… pediram-me os dados e continuaram na conversa e aqui esperei mais de meia hora até ser consultado… bem perguntei ali na sala de curativos e aos médicos e enfermeiros que passavam quando é que me viam… e a resposta foi sempre que não era com eles e a empurrarem-me aqui para as senhoras do atendimento…a minha sorte é que não era ataque nenhum… parece que eram só preocupações!...”

 

 De facto, não tem sentido, os membros duma equipa prestadora de cuidados responderem, qualquer que seja o problema ou questão “… não é comigo!” Numa verdadeira equipa tudo é connosco! Pois se estamos lá, tudo é, de facto, connosco, porque o nosso rosto é, para o cidadão, o rosto da Equipa, da Unidade, logo o rosto do seu Centro de Saúde!

 

O bem mais precioso que existe num CS são as equipas que integram as unidades prestadoras de cuidados. Estas equipas são “seres vivos” de elevada complexidade que precisam de crescer, de experimentar e mesmo… de errar para serem adultas e serem capazes de assumir responsabilidades, isto é, serem autónomas; a maturidade das equipas mede-se através da cooperação inter pares, da lealdade recíproca, da coesão, da partilha de valores e da missão, mas também através da reflexão crítica e dos auto diagnósticos que realizam com frequência, sabendo extrair lições e consequências das suas actuações e resultados e serem capazes de (re)programar, melhorar e partilhar as melhores práticas; o cidadão e a melhoria contínua dos cuidados que prestam constituem as centralidades essenciais da equipa multiprofissional.

 

Desafios para as Lideranças das Equipas Multiprofissionais

Estes processos de amadurecimento e de autonomia das Equipas Multiprofissionais exigem a presença de “construtores” de equipas que saibam lançar raízes e consolidar identidades próprias. As equipas e os esforços permanentemente solicitados aos seus membros têm de ter sentido! Sempre que é perdido o sentido que existe na missão de uma equipa, a sua energia empreendedora reduz-se perigosamente, a iniciativa esvai-se, a melancolia e o cansaço instalam-se e as lideranças perdem credibilidade e capacidade de persuasão…

As lideranças – particularmente, os coordenadores das unidades – têm de possuir o talento, a tolerância e dominarem as tecnologias que lhes permitam oxigenar continuamente as equipas; o rigor, o profissionalismo e o poder da persuasão através do comportamento constituem os principais motivadores e mobilizadores de equipas que os líderes têm ao seu dispor; aqueles três T também devem ser declinados com humor e alegria de viver… aliás os CS são, antes de tudo, espaços que garantem a vida, a vida com qualidade…

 

Três agendas: uma visível…duas escondidas!

Pois é! As equipas multiprofissionais dos CS e, particularmente, os seus líderes têm que ser capazes de gerir e interpretar “ 3 partituras organizacionais” que sintetizam o modus operandi e a cultura da unidade ou do CS:

  • uma é óbvia, porque é visível, a agenda da produção, constituída pelos planos de acção, materializados nos programas de cuidados, nas metas contratualizadas, nas rotinas, circuitos e procedimentos definidos, nos cuidados e nas tarefas planeados e realizados ao longo do dia e também na qualidade do desempenho…
  • a segunda agenda é menos visível, a agenda relacional, e sente-se no clima, na confiança (ou falta dela) que existe na equipa e se transmite aos cidadãos e aos pares e colegas menos experientes, é também sentida na maturidade da equipa e percepciona-se facilmente na comunicação e nas mensagens (verbais e não verbais) que a equipa produz quer internamente, quer para o exterior…
  • a terceira agenda, também um pouco escondida, a agenda da inovação e da aprendizagem, constitui uma das principais fontes de energia e motivação da Equipa e manifesta-se nos momentos de reflexão e partilha de práticas clínicas, nos momentos de clarificação dos processos de governação clínica do CS e das unidades, nos esforços de sinalização de práticas bem sucedidas e tentativas para a sua incorporação no lay out organizacional, nas iniciativas de refrescamento e actualização inter pares, na capacidade de atracção de estudantes, estagiários e internos, no prestígio percebido nas redes de unidades e CS.

Onde investir? Nas competências, claro!

Os principais activos das Equipas Multiprofissionais são as suas competências, isto é, conjunto de estratégias e acções capazes de resolver problemas e produzir soluções de valor inequívoco para os cidadãos e para as Unidades e CS; entre a diversidade de competências necessárias à prestação de cuidados de saúde primários, podem destacar-se algumas “famílias” de saberes que, pela sua importância, estimada a partir das consequências do seu “não desempenho”, deverão integrar os portfólios dos vários profissionais que integram as Unidades: gestionárias e liderança, clínicas, técnicas, relacionais, de trabalho em rede, de aprendizagem e da avaliação. O trabalho da equipa multiprofissional e, em especial, os momentos de reflexão, auto diagnóstico e balanço das práticas clínicas, constituem os espaços naturais de actualização e reforço das competências; é da responsabilidade das equipas e, em particular, de cada um dos profissionais de saúde, a manutenção de uma atitude de vigilância permanente às inovações, velando pela actualização permanente das suas competências, criando oportunidades de refrescamento e actualização, acompanhadas por iniciativas de balanço pessoal, que permitam uma permanente reflexão e investimento sobre as competências estratégicas e operacionais que integram cada profissão ou especialidade.

   

"O que não cabe no Futuro Centro de Saúde do Futuro"


Solo Practice
? Não, muito obrigado!

Cada vez mais a qualidade dos serviços e cuidados de saúde é resultante do trabalho integrado e complementar dos vários profissionais de saúde, exigindo atitudes permanentes de adequação e simplificação, visando o reforço da acessibilidade; são também necessárias acções contínuas de discussão inter pares das práticas clínicas, o que exige abertura e divulgação de processos e métodos de trabalho e tem como contrapartida a oportunidade de apropriação de técnicas e soluções mais adequadas e ajustadas aos utentes.

Veja-se o exemplo dos orientadores de internato que referem ser o Interno o elemento desencadeador de reflexão e melhoria de práticas clínicas, pois “ensinar é aprender duas vezes!”…

14
Mar07

Qual o lugar das COP na formação profissional?


CorteVale

As COPs e, em particular as comunidades de aprendizagem,  podem desempenhar um papel determinante na qualidade e, acima de tudo, na continuidade e consistência dos projectos de formação.

Habitualmente a formação tem poucas consequências, isto é, não é fácil continuar a manter relações e a acompanhar o percurso de vida e profissional dos ex-participantes, especialmente quando existem grupos com motivações semelhantes e estão interessados em continuar a debater ou a procurar soluções para problemas comuns.

Não sendo fácil, podem ser constituídos no decurso da formação grupos de resolução de problemas ou mesmo de partilha de práticas que, após a formação, continuarão a trabalhar, apoiados por facilitadores.
O encontro regular dos membros destes grupos de discussão é importante, assim como os instrumentos de comunicação e cooperação que podem ser utilizados. O boom do software social e, em particular, as ferramentas da WEB 2.0 poderão facilitar enormemente o pós-formação...

Aqui podem ser destacados: as listas de distribuição (p. ex., o yahoogroups), os blogs, os wikispaces...

Insiste-se na importância de termos uma agenda de trabalho clara e que vá de encontro às prioridades de discussão, de pesquisa e de trabalho dos membros: pois é, numa COP não existem participantes, mas membros e isto tem consequências nas responsabilidades, na participação e nas decisões que a COP toma!

Destaca-se ainda o trabalho de divulgação e disseminação das práticas e ferramentas da WEB 2.0, realizadas pelos autores referenciados  em post anterior "mão cheia de disseminadores da WEB 2.0" .

 

14
Mar07

Praça das Redes


CorteVale

Votos de sucesso ao Carlos Ribeiro pela criação deste espaço de partilha de iniciativas das Redes Temáticas EQUAL.

A Praça das Redes apresenta-se como um lugar que convida à partilha de experiências de trabalho em rede.

Gosto particularmente do desafio ao convívio relaxante, acompanhado com reflexão,  e temperado com olhares que se desejam espraiados por horizontes largos... bem ao estilo do Carlos Ribeiro!

De facto, também acredito que as REDES são os seres vivos que, pela sua complexidade, serão capazes de lidar com problemas e situações complexos; realizar actividades humanas em rede é pensar no plural, exige trabalhar as diversidades, temos que arriscar.

Força Carlos!  

Parabéns

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